A palestra se iniciou de uma maneira bem interessante, com a professora segurando um cérebro real,
conservado por uma técnica inovadora chamada plastinação. Claro, nunca me deparei antes com uma peça humana real na minha frente, foi um tanto impressionante.
Então começou-se a falar dos tipos de cortes realizados em anatomia para estudo do corpo, principalmente do cérebro, sendo essa parte a mais crucial para um bom estudo do sistema. Esse estudo é chamado de planimetria anatômica. Foram estudados depois as diferentes partes cerebrais, os nomes, as estruturas de proteção chamadas meninges, além do crânio. O sistema de controle do cérebro, o líquor. Também foi falado da medula espinal e sua estrutura de proteção, a coluna vertebral. Sua importância e delicadeza, além da inteligentíssima forma flexão da coluna que não deixa afetar o trabalho da medula.
Terminando a palestra oral, partiu-se para a parte mais esperada pelos alunos, a partir desse momento era permitido tocar e observar de perto todas as estruturas anatômicas que ali estavam sobre a bancada, dentre elas, diversos cérebros, cortados de maneiras diferentes, possibilitando observar todas as partes cerebrais e de diferentes pontos de vistas, com toda sua complexidade, além da medula espinal, crânio e o mais impressionante, uma cabeça cortada exatamente no meio, de maneira vertical. Durante essa parte foi possível tirar algumas dúvidas de maneira mais detalhada com a professora. Aqui são mostradas algumas fotos dessa aula muito interessante. Foi então finalizada a aula divertida e muito bem explicada da professora Jane Faria.

Uma palestra que foi uma onda de informações sobre todo o sistema nervoso e suas propriedades. O nosso corpo, um circuito eletroquímico onde suas informações são repassadas através das famosas sinapses. Controlado pela glia, importantíssima para o funcionamento do sistema neural. Neurônios: núcleos, dendritos e axônios, cobertos ou não pela sua camada isolante chamada de mielina.
Depois de todas essas informação sobre o sistema nervoso (claro, mais detalhada do que a maneira que eu expus aqui), foi discutido sobre a capacidade de aprendizado do ser humano (formação de sinapses), a deixa que seria complementada na próxima palestra.
A última palestra e a mais esperada por mim, graças ao meu curso de Química, foi ministrado pela professora Adriana Malibeu, do departamento de neurobiologia da Universidade Federal Fluminense. A palestra tinha como tema a neuroquímica.
A palestra começou falando sobre as sinapses e que elas são o centro de toda a psicofarmacologia, pois é lá aonde os remédios vão agir para o tratamento de alguma doença. Daí então, começou-se a falar sobre os Neurotransmissores, moléculas orgânicas fundamentais (e muito interessantes de serem estudadas) que vão realizar a ativação da corrente de informações, passando do final da célula para o receptor da outra e ativando a função correspondente, retornando após essa ativação para a sua célula de origem. Após esse assunto, foi falado um pouco sobre a esquizofrenia e a relação dela com as sinapses e uma longa discussão sobre como saber se um problema é emocional ou patológico além de discutir a neuroquímica de várias doenças como depressão, estresse etc.
Entrou, entrou-se no assunto mais polêmico e um dos mais interessantes do dia: Drogas e Dependência, claro, com a visão da neuroquímica. Foi explicada a divisão das drogas quanto aos tipos de efeitos, como ocorrem esses efeitos e o sistema da dependência. Finalizando com um site muito interessante chamado MouseParty, muito interessante se você quer saber como funciona o mecanismo das drogas.
Para finalizar a palestra e o curso todo, foi falado brevemente sobre o envelhecimento e a perda sináptica normal que ocorre durante esse processo em comparação com a perda sináptica anormal que é causada por doenças que atingem a terceira idade principalmente. Após a palestra, pegar o certificado e tirar a foto final do curso, conversei um pouco com a professora Adriana sobre como chegar na área de neuroquímica e peguei um contato para uma possível ajuda no meu projeto sobre o uso medicinal dos Canabinoides para patologias neurológicas
A conclusão que posso tirar disso tudo é que neurociência é uma área complexa porém interessante e gratificante de ser estudada. Cheia de mistérios, é uma diversão para os amantes do desconhecido e com certeza foi o estopim para diversos tópicos que pretendo abordar nesse blog mais futuramente.
Por aqui eu me despeço.
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